MÍDIA NA EDUCAÇÃO
ELIANE REGINA SUZIN
Após ler o texto “Mídia-Educação no contexto escolar” de Silvio P. costa, lembrei de um trabalho que realizei com uma turma de 8ª série em 2007 e que envolveu a utilização de diversas mídias. Por isso, preferi relatar uma experiência própria e que considero relevante socializar.
Iniciei propondo a atividade à turma na semana anterior a realização da mesma. Comuniquei que o tema seria trânsito, (um dos projetos da escola). A partir da aprovação da turma, formamos os grupos e marcamos o dia para iniciar a primeira parte da atividade que consistiu em fazer uma caminhada do bairro ao centro da cidade. Os alunos deveriam observar e registrar fotos ou vídeos de todas as irregularidades relacionadas ao trânsito, que fossem observadas pelo caminho.
Ao sair da escola, iniciei mediando os registros, porém, a mediação foi necessária apenas no início, pois os alunos perceberam logo o objetivo do trabalho e, passaram a registrar situações como: carros mal estacionados, falta de sinalização, veículos e pedestres avançando o sinal, motoristas ao celular, buracos nas ruas e calçadas, desrespeito a vaga do portador de deficiência, etc.
Ao retornar à escola, fizemos um balanço do trabalho realizado. Percebi que estavam afoitos por socializar seus registros. Foi então que me ocorreu a ideia de produzirmos slides como conclusão do trabalho.
Na aula seguinte, fomos ao laboratório de informática. Lá os alunos foram orientados a realizar um trabalho científico. No desenvolvimento, inseriram as imagens registradas e, para cada imagem inserida, produziram um pequeno texto condizente com a mesma.
Ao concluir os slides, socializamos o resultados dos trabalhos com os colegas da turma e, na sequência, para as demais turmas da escola.
A realização deste trabalho, foi desgastante no início, uma vez que precisei articular todo o tempo, desde os registros, até o auxílio com justificativa, objetivos, conclusão, etc. No entanto, (BAZALGETTE, 1992, P.212) diz: “O trabalho prático amplia as habilidades das crianças para predizer, controlar e falar a respeito do caminho pelo qual a estruturação e edição podem ser feitas para afetar o significado”. E este resultado pude constatar no final da atividade.
Nessa perspectiva, a partir do resultado obtido, considerei esta uma atividade de extrema relevância, pois alguns destes trabalhos foram utilizados em palestras pelo Departamento de trânsito, do Município. Esta valorização deixou os alunos eufóricos e estimulados para a realização de outros similares.
Na minha opinião, esta atividade levou os alunos a entender que a observação crítica do que nos rodeia, nos leva a um posicionamento mais apurado. E, complemento com (BAZALGETTE, 1992, P.212): “O trabalho deve estimular as crianças a observar e pensar a respeito das características que estão presentes, ao invés de passar diretamente para a interpretação e a avaliação”.
Com relação as experiências relatadas no texto, concordo com Silvio Costa quando se mostra preocupado com a falta de interesse dos profissionais de educação em aprender a dominar as tecnologias. E, mais uma vez me reporto à experiência vivenciada, onde uma colega, conhecedora de suas limitações, abandona a educação diante da cobrança da unidade escolar onde trabalhava para que utilizasse o computador.
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